segunda-feira, 26 de abril de 2010

O cuidado em sua carência : o descuido
Há os que têm cuidado de menos. São os descuidados e displicentes. Normalmente não conseguem ser inteiros no que fazem. Seja porque perderam seu centro assumindo coisas demais, seja porque não colocaram todo o empenho no que fazem. As coisas aparecem mal feitas, largadas, desordenadas, confusas, caóticas; numa palavra, descuidadas. A pessoa fica impaciente e perde a calma e a serenidade.Refletíamos que o cuidado surge quando se encontra a justa medida. Este é o caminho do meio entre o modo-de-ser do trabalho como exploração e o modo-de-ser do cuidado como plasmação.Por isso o cuidado não convive nem com o excesso nem com a carência. Ele é o ponto ideal de equilíbrio entre um e outro. Tarefa humana é construir esse equilíbrio com autocontrole e moderação, mas sobretudo com a ajuda do Espiríto de vida que nunca falta porque Ele é, segundo um hino medieval cantado até hoje na liturgia de Pentecostes, " a quietude no trabalho, a frescura no calor e o consolo nas lágrimas": o equilíbrio dinâmico.
TEXTO elaborado pelas acadêmicas Arleth Petrolli e Silvana Bicca
Fonte: Leonardo Boff,Saber Cuidar,P. 161-162 1999.

Um comentário:

  1. A Produção Alimentos /Super População de Escassez de Recursos Naturais.

    Alimentos para a humanidade existem, porem existem pessoas com necessidades de alimentação por não terem renda suficiente para atender a estas necessidades .
    Há famintos porque tudo virou mercadoria, a agua, a vida e os meios de vida como os alimentos. O mercado é implacável: cria cenários internacionais dramáticos cujo o fim é fatal e destruidor. Qual seria então o próximo passo para a humanidade? O próximo passo, é o despertar de uma nova consciência que devemos criar centros coletivos de administração e cuidado da única Casa Comum que temos, com seus recursos escassos e super povoada, como condição de sobrevivência e de futuro. Emergirá um outro tipo de mundo, da espécie humana mais solidária, com um novo contrato natural e social com a terra a quem respeitamos, amamos e de quem recebemos tudo o que precisamos para viver . Não estaremos sozinhos mas juntos de toda a comunidade de vida, que também usa a biosfera em vista de um bem comum planetário e que articula mentes e corações.
    Baseado na entrevista de Leonardo Boff, Revista Sociologia ed.34
    Acadêmicas do Serviço Social:
    Vanessa Santos Dias
    Juciane Peres

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