domingo, 30 de maio de 2010

Isenção de IPI X Material Reciclavel

Possível isenção de IPI sobre material reciclado anima setor

A perspectiva de isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre material reciclado utilizado no processo de produção das indústrias anima as empresas que adotam essa prática. Se sair do papel, a medida pode dar forte impulso à iniciativa, segundo especialistas.

Em gestação no Ministério do Meio Ambiente, a proposta - que tem de receber ainda o aval do Ministério da Fazenda para entrar em vigor como Medida Provisória - poderá ser uma forma de ampliar a geração de emprego e renda e ajudar a retirar mais resíduos sólidos da natureza. A avaliação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, é que a reciclagem não deveria ter imposto, deveria ter prêmio.

Na região, uma empresa que utiliza material reciclado na produção é a Basf. A companhia iniciou a prática - usar PET como componente para a fabricação de esmaltes e vernizes da marca Suvinil - em 2002. Desde então, já retirou mais de 400 milhões de garrafas PET (mais de 20 mil toneladas) do meio ambiente.

O diretor industrial dos complexos de Tintas e Vernizes da Basf para a América do Sul, Marcelo Leonessa, assinala que a iniciativa da companhia tem estimulado outras indústrias do ramo a fazerem o mesmo. Levando em conta outros elos - indústrias recicladoras e cooperativas - pelo menos 2.000 postos de trabalho indiretos são gerados pelo setor de tintas.

Um dos fornecedores da Suvinil é a recicladora Clean Pet. O gerente Marcelo Fonseca acredita que a isenção (a alíquota do IPI é de 15%) pode estimular pequenas fabricantes a optarem pelo reciclado - que exige investimento em tecnologia para a purificação -, em vez do material virgem.

A Clean Pet tem quadro de 50 funcionários diretos. "Indiretos, se contarmos os sucateiros e o pessoal que trabalha em depósitos, são quase 500 postos", estima.

Além dos empregos, o mercado da reciclagem desse item movimenta, em média, R$ 1,08 bilhão no País, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de PET. Atualmente, 53,5% desse material volta à indústria.

"Não tenho dúvida de que dar isenção do IPI vai alavancar ainda mais esse mercado", assinala Leonessa.

O empresário Aires Mauro de Freitas, da Air Plast, de Mauá, concorda. "Toda iniciativa nesse sentido é bem-vinda", afirma. A Air Plast utiliza 100% de PET reciclado em seu processo produtivo, que consiste na transformação do insumo para a fabricação de espuma de poliuretano - que serve como forro de bancos automotivos e de colchões etc. São 700 toneladas mensais, ou 3,5 milhões de garrafas.

De porte pequeno, a empresa investiu R$ 3 milhões em equipamentos neste ano e, para 2010, planeja abrir filial em Pernambuco. Também negocia transferência de tecnologia para grupo da Alemanha.


Fonte: Leone Farias (Diário do Grande ABC)

PRISCILLA PRATES

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Incêndio no Butantã destói o maior acervo de cobras do mundo

Um incêndio tomou conta do laboratório de répteis do Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, na manhã de sábado, 15 de Maio de 2010. A maior coleção de cobras dos trópicos do mundo, com 85 mil exemplares, foi destruída no incêndio. Amostras de aranhas e escorpiões também foram consumidas pelas chamas.
O fogo parece ter sido causado por um curto-circuito, logo após a chave de luz ter sido religada. Segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Uma perícia será feita no local e a previsão é de que o resultado seja divulgado em 30 dias.

Pesquisas comprometidas
Segundo o próprio Butantan, pesquisas referentes à biodiversidade podem ficar prejudicadas pelo incêndio. De acordo com a assessoria de imprensa do instituto, somente após a conclusão do laudo técnico da perícia é que serão divulgados levantamentos sobre a perda da coleção e as consequências nas pesquisas.

“Sem dúvida, dezenas de trabalhos científicos, entre eles teses de mestrado e doutorado, que dependiam da coleção, ficarão comprometidos com a perda desses exemplares”, revela Trefaut.

Segundo o diretor do museu de Zoologia da USP, muitos mestrandos e doutorandos ficaram órfãos. Estes pesquisadores tiveram suas teses ceifadas. Vamos ter de repensar”.

A produção de vacinas e antídotos, entretanto, não deverá ser prejudicada uma vez que as pesquisas são feitas a partir de animas vivos. Segundo a assessoria de imprensa, não havia nenhum animal vivo no prédio que foi atingido pelo fogo. Entre as espécies que foram destruídas, algumas estavam mantidas em formol há aproximadamente 100 anos.


Fonte:http://www.agorams.com.br